terça-feira, 23 de agosto de 2016

O que aprendi em 12 anos de casamento?

Agosto para além de ser o mês de nascimento do menino azul é também quando fazemos anos de casados. E já são 12, juntando os 9 de namoro, é uma vida em conjunto. O que aprendi em 12 anos de casamento? Que nunca será perfeito e não faz mal. Quem olhe para nós talvez comente o quão somos diferentes, mas se calhar é aí que está o segredo da longevidade. Sempre me fez confusão aquela ideia romântica, tantas vezes retratada em filmes, como Jerry Maguire, por exemplo, de os apaixonados se completarem um ao outro, "you complete me". Cá eu defendo que cada um tem de lutar, por si, para ser o mais completo e uno possível, como indivíduo, pois só assim será melhor na relação com os outros. Prefiro a ideia de se complementarem, faz-me mais sentido. Acho que assim que nos conseguimos libertar das ideias pré-feitas de como um relacionamento deve ser e começamos a viver o que resulta connosco, muita coisa se descomplica. Por exemplo, é assim tão errado o casal ter gostos diferentes? É certo que há momentos de fazermos coisas a dois, há momentos de fazermos coisas em família, mas acho que também devem haver momentos para cada um viver as suas paixões, que podem não coincidir. Se ele gosta de futsal e eu gosto de zumba, se ele é todo das lógicas e matemáticas e eu das artes e letras, se ele é o meu "gps humano" (algo que o menino azul herdou tendo em conta a rapidez que decora caminhos) e eu com um fraco sentido de orientação, assim são as nossas personalidades, diferentes e marcadas como convém. Em compensação, gostamos ambos de conduzir, de dançar, de estar com os nossos filhos. E assim vamos vivendo com as nossas diferenças, com altos e baixos como qualquer casal, com desafios diários como em qualquer casamento. O mais importante de tudo é mantermo-nos unidos, respeitando as nossas especificidades, porque Agosto foi o mês que escolhemos para casar, mas todos os dias escolhemos ficar casados.

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